A Gibson, fabricante de instrumentos, mais conhecida por suas guitarras, colocou em seu site uma lista com os dez melhores bateristas de todos os tempos. Um ranking que, como qualquer outro, causa polêmica. Aí vão os nomes:
10. Ringo Starr (Beatles)
9. Stewart Copeland (The Police)
8. Josh Freese (A Perfect Circle, Devo, Nine Inch Nails)
7. Ginger Baker (Cream)
6. Mike Portnoy (Dream Theater)
5. Lars Ulrich (Metallica)
4. Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters, Them Crooked Vultures)
3. Keith Moon (The Who)
2. Neal Peart (Rush)
1. John Bonham (Led Zeppelin)
Em primeiro lugar, fica óbvio que a lista se refere apenas a bateristas de rock. Por isso, não vamos encontrar nomes como Billy Cobham, Dave Weckl, Dennis Chambers, Vinnie Colaiuta, Virgil Donati, Buddy Rich, Steve Gadd, para citar só alguns monstros do instrumento. Por mais que esses músicos tenham tocado rock em um ou outro momento de suas carreiras, não são em sua essência bateristas de rock.
Mesmo entre os bateristas de rock, sempre haverá questionamentos. Por que Ian Paice, Steve Smith, Simon Phillips, Rod Morgenstein não estão nesse ranking? Ou seja, sempre haverá polêmica. Mesmo porque uma lista com apenas dez nunca será boa o bastante para ninguém além do seu própio autor.
Além disso, é preciso tentar entender o critério de quem fez a lista, no caso Anne Erickson. Ela trabalha para a Gibson e escreve sobre música há sete anos, além de apresentar um programa de rádio. Não sou advogado dela, portanto não estou aqui para defendê-la ou criticá-la. Mesmo porque acho que ela acertou ao escolher alguns bateristas e errou em outros. Mas pelo que percebi, ela procurou considerar não apenas a técnica do instrumentista, mas a personalidade e a importância que ele teve na cena musical.
Partindo desse ponto, entende-se porque Ringo Starr foi incluído. Longe de ter uma técnica apurada, ela justifica a escolha dizendo que Beatles não seriam Beatles sem a sonoridade da bateria de Ringo Starr. Ela tem razão.
Com relação a Stewart Copeland, ela cita o fato de ele trazer rock, reggae e jazz para as melodias do The Police. Concordo. O estilo de Copeland é único e influenciou muita gente.
Sobre Josh Freese tenho minhas dúvidas. Anne Erickson diz que ele transita muito bem entre rock, jazz, metal e gravou quase 300 discos. Não sei. Há outros bateristas como Vinnie Colaiuta, Dennis Chambers e Virgil Donati que circulam muito bem entre diversos estilos, gravaram muitos discos e me parecem bem mais impressionantes que Freese.
Quanto a Ginger Baker, considero a escolha acertada e o motivo para tanto justo. Segundo ela, um dos mais influentes dos anos 60, pioneiro no uso de dois bumbos e nos solos de bateria dentro do rock.
Mike Portnoy também merece estar no ranking. Grande técnica, une metal e progressivo com bom gosto.
Chegamos a Lars Ulrich. Aqui eu tenho minhas reservas. Não o considero um grande baterista, nem técnica nem musicalmente. Acredito que o heavy e o thrash metal têm representantes melhores do que ele. Parece que o prestígio do Metallica pesou quase que exclusivamente na escolha.
Dave Grohl também é outro que não cai bem em uma lista de dez melhores. Não vejo nele um estilo marcante, muito menos uma técnica apurada. Por mais que tenha atitude, não é isso que faz um baterista se destacar entre tantos outros. Outro caso em que a banda pesou na hora da escolha.
O terceiro do ranking é Keith Moon. Escolha acertada. Estilo marcante, um baterista que fez a diferença no som do The Who.
Neal Peart é uma opção óbvia. Quem se arriscaria a deixá-lo fora?
Assim também é com John Bonham, síntese dos bateristas de rock.
De qualquer forma, eleger os dez melhores bateristas de todos os tempos é uma tarefa ingrata. Primeiro porque escolher apenas dez é dificílimo. Segundo porque, por mais que se tenha critério, ele sempre será questionável.
Cada leitor tem sua própria lista. E esse assunto nunca vai ter fim.
Comente !
10. Ringo Starr (Beatles)
9. Stewart Copeland (The Police)
8. Josh Freese (A Perfect Circle, Devo, Nine Inch Nails)
7. Ginger Baker (Cream)
6. Mike Portnoy (Dream Theater)
5. Lars Ulrich (Metallica)
4. Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters, Them Crooked Vultures)
3. Keith Moon (The Who)
2. Neal Peart (Rush)
1. John Bonham (Led Zeppelin)
Em primeiro lugar, fica óbvio que a lista se refere apenas a bateristas de rock. Por isso, não vamos encontrar nomes como Billy Cobham, Dave Weckl, Dennis Chambers, Vinnie Colaiuta, Virgil Donati, Buddy Rich, Steve Gadd, para citar só alguns monstros do instrumento. Por mais que esses músicos tenham tocado rock em um ou outro momento de suas carreiras, não são em sua essência bateristas de rock.
Mesmo entre os bateristas de rock, sempre haverá questionamentos. Por que Ian Paice, Steve Smith, Simon Phillips, Rod Morgenstein não estão nesse ranking? Ou seja, sempre haverá polêmica. Mesmo porque uma lista com apenas dez nunca será boa o bastante para ninguém além do seu própio autor.
Além disso, é preciso tentar entender o critério de quem fez a lista, no caso Anne Erickson. Ela trabalha para a Gibson e escreve sobre música há sete anos, além de apresentar um programa de rádio. Não sou advogado dela, portanto não estou aqui para defendê-la ou criticá-la. Mesmo porque acho que ela acertou ao escolher alguns bateristas e errou em outros. Mas pelo que percebi, ela procurou considerar não apenas a técnica do instrumentista, mas a personalidade e a importância que ele teve na cena musical.
Partindo desse ponto, entende-se porque Ringo Starr foi incluído. Longe de ter uma técnica apurada, ela justifica a escolha dizendo que Beatles não seriam Beatles sem a sonoridade da bateria de Ringo Starr. Ela tem razão.
Com relação a Stewart Copeland, ela cita o fato de ele trazer rock, reggae e jazz para as melodias do The Police. Concordo. O estilo de Copeland é único e influenciou muita gente.
Sobre Josh Freese tenho minhas dúvidas. Anne Erickson diz que ele transita muito bem entre rock, jazz, metal e gravou quase 300 discos. Não sei. Há outros bateristas como Vinnie Colaiuta, Dennis Chambers e Virgil Donati que circulam muito bem entre diversos estilos, gravaram muitos discos e me parecem bem mais impressionantes que Freese.
Quanto a Ginger Baker, considero a escolha acertada e o motivo para tanto justo. Segundo ela, um dos mais influentes dos anos 60, pioneiro no uso de dois bumbos e nos solos de bateria dentro do rock.
Mike Portnoy também merece estar no ranking. Grande técnica, une metal e progressivo com bom gosto.
Chegamos a Lars Ulrich. Aqui eu tenho minhas reservas. Não o considero um grande baterista, nem técnica nem musicalmente. Acredito que o heavy e o thrash metal têm representantes melhores do que ele. Parece que o prestígio do Metallica pesou quase que exclusivamente na escolha.
Dave Grohl também é outro que não cai bem em uma lista de dez melhores. Não vejo nele um estilo marcante, muito menos uma técnica apurada. Por mais que tenha atitude, não é isso que faz um baterista se destacar entre tantos outros. Outro caso em que a banda pesou na hora da escolha.
O terceiro do ranking é Keith Moon. Escolha acertada. Estilo marcante, um baterista que fez a diferença no som do The Who.
Neal Peart é uma opção óbvia. Quem se arriscaria a deixá-lo fora?
Assim também é com John Bonham, síntese dos bateristas de rock.
De qualquer forma, eleger os dez melhores bateristas de todos os tempos é uma tarefa ingrata. Primeiro porque escolher apenas dez é dificílimo. Segundo porque, por mais que se tenha critério, ele sempre será questionável.
Cada leitor tem sua própria lista. E esse assunto nunca vai ter fim.
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