O Segredo (Lux et umbra)
Morre a tarde fúlgida em fulgurante
Chama. Rompe a notívaga penumbra...
Exausto da Luz, almejo a distante
Infinitude cósmica, e a sombra.
Que proclama a nós o astro-rei cansado?
Que anuncia a imensidão do anoitecer?
Diviso a treva, e meu olhar calado
Vê a elegia do Nada arremeter.
Pois o segredo jaz no céu sangrento.
Tudo fenece, destrói tudo o fado.
Lamenta inerme o vão furor do vento.
Rebela-se agitada a flor no prado.
No horizonte, Luz e Sombra: lento
Embate o mundo vê, desamparado.
Morre a tarde fúlgida em fulgurante
Chama. Rompe a notívaga penumbra...
Exausto da Luz, almejo a distante
Infinitude cósmica, e a sombra.
Que proclama a nós o astro-rei cansado?
Que anuncia a imensidão do anoitecer?
Diviso a treva, e meu olhar calado
Vê a elegia do Nada arremeter.
Pois o segredo jaz no céu sangrento.
Tudo fenece, destrói tudo o fado.
Lamenta inerme o vão furor do vento.
Rebela-se agitada a flor no prado.
No horizonte, Luz e Sombra: lento
Embate o mundo vê, desamparado.