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Onde a Morte Parece Habitar
"Através de um vale escuro e desolado, ele anda
Pálido, fogos cintilantes iluminam o caminho
Ao longo de um rio congelado está a caminho
O céu de um cinza escurecido
Um vento frio penetra em seus ossos
E as pedras afiadas cortam seus pés
Suas roupas e pele são rasgadas por espinhos
Seus olhos parecem sangrar "
A terra é morta e seca
A água é venenosa
Criaturas desconhecidas uivam para o céu
Sangue frio e voraz
O ar é espesso e denso
Um cheiro de carne podre
Cada respiração é como mil facadas
Cortando o seu peito
Urubus circulam no céu
Ele ouve o as sombras gemerem
Ele vê rostos pálidos passar por ele
Mas ele anda esse caminho sozinho
Escuridão enche seu coração com um medo congelante
Um medo desconhecido que ele não pode dominar
Como ele sempre acaba aqui?
Este lugar onde a morte parece habitar
Ele repete a pergunta em sua mente cansada
O enigma não lhe dá descanso
No entanto, ele sabe a resposta no fundo
Ele foi tocado pelo frio da morte
Vozes encantadoras o incitam
A sua vontade de dar a volta
Eles cantam a ele com palavras reconfortantes
Uma gelada e crepidante canção
Um brilho de luz azul em frente
Quando uma montanha chega ao céu
Nidafiell, montanha dos mortos
Horripilante é talvez
Ele se aproxima dos portões
Seu coração é frio
Ele entende tudo tão bem
Ela o espera
A verdade se revela
Ele foi enviado para Nifelhel
Madruguis Extremis escreveu: :41: layer
Madruguis Extremis escreveu:Esse tópico, agora, tem a bênção de Zé Cu de Margarina.
pagode leleleleWhite escreveu:Madruguis Extremis escreveu:Esse tópico, agora, tem a bênção de Zé Cu de Margarina.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk porque eu ri disso?
Hitler, JustinBieber & Vader went to hell.
They met the Devil sitting on his throne, He asks them why they're in hell.
Hitler: I killed 20 million poeple & caused a holocaust on the Jewish population.
Devil: Good, good. Sit to my right.
Bicha: I poisned the world of music with my little faggy voice that irritates every normal person in the world.
Devil: You're such a asshole. Well done, sit to my left. *Looks at Vader*
And why are you here?
Vader: Get off my throne bitch
Mário de Andrade escreveu:Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas, roeu o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!
Machadão escreveu:Mete dinheiro na bolsa – ou no bolso, diremos hoje, e anda, vai para diante, firme, confiança na alma, ainda que tenhas feito algum negócio escuro. Não há escuridão quando há fósforos. Mete dinheiro no bolso. Vende-te bem, não compres mal os outros, corrompe e sê corrompido, mas não te esqueças do dinheiro, que é com que se compram os melões. Mete dinheiro no bolso.
Última edição por Renato em Sex Ago 22 2014, 13:26, editado 1 vez(es)
Brás Cubas …………………….?
Virgília …………………………..
Brás Cubas ……………………..
……………………………………
Virgília …………………………!
Brás Cubas …………………….
Virgília …………………………
………………..?……………….
…………………………………..
Brás Cubas …………………
………………….!……………
………………………….!……
………………………………………!
Virgília ……………………..?
Brás Cubas …………………..!
Virgília ……………………….!
Izacyl Guimarães Ferreira escreveu:Ah! a opinião pública!
Segundo as mais recentes pesquisas,
25% querem,
25% não querem,
25% não sabem
e 25% não querem saber.
É certo que 33,33% têm medo,
que 33,33% não têm medo
e que 33,33% emudeceram.
Apurou-se também que
36,4% acreditam em parte, enquanto 33,7% não acreditam em nada,
29,4% querem crer, não importa no que,
23,2% são absolutamente céticos,
28,6% são absolutamente crédulos e 39,5% dão respostas múltiplas desesperadas.
Sabe-se hoje que 38% já foram antes,
32% nunca foram,
19% não lembram como era,
24% ainda não esqueceram,
47% não faziam a menor idéia e 76% ficaram perplexos.
Podemos concluir que:
X% estão certos
Y% estão fartos
N% estão mortos
valeu o livro jáEça Queiroez escreveu:O Pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar uma lei universal, a lei própria da Vida; portanto lhe tira o carácter pungente de uma injustiça especial, cometida contra o sofredor por um Destino inimigo e faccioso! Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho - porque nos sentimos escolhidos e destacados para a Infelicidade, podendo, como ele, ter nascido para a Fortuna. Quem se queixaria de ser coxo - se toda a humanidade coxeasse? E quais não seriam os urros, e a furiosa revolta do homem envolto na neve e friagem e borrasca de um Inverno especial, organizado nos céus para o envolver a ele unicamente - enquanto em redor toda a humanidade se movesse na benignidade de uma Primavera? (...) O Pessimismo é excelente para os Inertes, porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.
E.A. Poe escreveu:Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará jamais.
E o rumor triste, vago, brando,
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto e: "Com efeito
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."
Minhalma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora -
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse: a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.
Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta:
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.
Entro co'a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais tarde; eu, voltando-me a ela:
Seguramente, há na janela
Alguma coisa que sussurra. Abramos.
Ela, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso.
Obra do vento e nada mais."
Abro a janela e, de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre Corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto
Movendo no ar as suas negras alas.
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.
Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo - o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais:
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o Corvo disse: "Nunca mais."
Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta,
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é o seu nome: "Nunca mais."
No entanto, o Corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."
Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais."
Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao Corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera.
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais."
Assim, posto, devaneando,
Meditando, conjecturando,
Não lhe falava mais; mas se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava,
Conjecturando fui, tranqüilo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto,
Onde os raios da lâmpada caiam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.
Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso.
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."
"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: "Existe acaso um bálsamo no mundo?
"E o Corvo disse: "Nunca mais."
"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No Éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais.
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."
"Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa!, clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fica no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua,
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o Corvo disse: "Nunca mais."
E o Corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
Última edição por A.L. em Dom Dez 13 2015, 01:31, editado 1 vez(es)
É apenas uma citação, nada a ver, mas gosto muito desse trechoNicholas Weinberg escreveu:[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
"Fracassei
em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças
brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei
fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil
desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas
vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Manuel de Barros escreveu:
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios
Marcos_ escreveu:É apenas uma citação, nada a ver, mas gosto muito desse trechoNicholas Weinberg escreveu:[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
"Fracassei
em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças
brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei
fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil
desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas
vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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