Entrei neste fórum com o único intuito de desabafar, visto que por aqui ainda existem pessoas que no passado me compreendiam.
Bem... hoje foi um dos piores dias da minha vida. Logo quando acordei, às 06:12, a brisa gélida da manhã sussurrou "sim, você ainda está vivo".
Eu venho, desde os 17 anos, tentando escapar do poço em que cai. Bastou o término das aulas para que eu mergulhasse de vez na solidão. A cobrança dos pais para que eu arrumasse um emprego redobrou. O que um inútil como eu poderia fazer? Eu mal sei pagar uma conta no banco, tamanha é a minha inaptidão social. Mas tudo bem, lá estava eu trabalhando como frentista. Logo na primeira noite, surpresa – um motorista disparou, irritado com a demora. O instrutor, que viu tudo, colocou a culpa em mim, afirmando que eu não "entretive" o motorista. Fui despedido na hora. Cheguei em casa cabisbaixo, nem tirei os sapatos e pulei na cama. Eu queria fugir de mim mesmo. Fui acordado pela voz grave do meu pai, repreendendo-me. Ele começou com aquela ladainha de que em minha idade já estava casado e trabalhando. Por sorte havia um pôster da Eva Green em minha parede, com seus olhos assassinos, onde pude buscar uma fuga da realidade. Isto tudo ocorreu em 2012. Até hoje estou desempregado. Foi nesses últimos anos que a solidão ergueu um espelho, que eu chamo "reflexão", onde observei toda a minha vida e o aspecto de sua pequenez. As últimas horas foram desperdiçadas em monólogos inspirados na corda que amarrei na viga do teto. Porém, acalme-se, leitor, eu não tenho coragem nem para isso.
Bem... hoje foi um dos piores dias da minha vida. Logo quando acordei, às 06:12, a brisa gélida da manhã sussurrou "sim, você ainda está vivo".
Eu venho, desde os 17 anos, tentando escapar do poço em que cai. Bastou o término das aulas para que eu mergulhasse de vez na solidão. A cobrança dos pais para que eu arrumasse um emprego redobrou. O que um inútil como eu poderia fazer? Eu mal sei pagar uma conta no banco, tamanha é a minha inaptidão social. Mas tudo bem, lá estava eu trabalhando como frentista. Logo na primeira noite, surpresa – um motorista disparou, irritado com a demora. O instrutor, que viu tudo, colocou a culpa em mim, afirmando que eu não "entretive" o motorista. Fui despedido na hora. Cheguei em casa cabisbaixo, nem tirei os sapatos e pulei na cama. Eu queria fugir de mim mesmo. Fui acordado pela voz grave do meu pai, repreendendo-me. Ele começou com aquela ladainha de que em minha idade já estava casado e trabalhando. Por sorte havia um pôster da Eva Green em minha parede, com seus olhos assassinos, onde pude buscar uma fuga da realidade. Isto tudo ocorreu em 2012. Até hoje estou desempregado. Foi nesses últimos anos que a solidão ergueu um espelho, que eu chamo "reflexão", onde observei toda a minha vida e o aspecto de sua pequenez. As últimas horas foram desperdiçadas em monólogos inspirados na corda que amarrei na viga do teto. Porém, acalme-se, leitor, eu não tenho coragem nem para isso.